Você sabe o que é depressão?

A depressão é caracterizada por uma multiplicidade de sintomas afetivos, instintivos e neurovegetativos, ideativos e cognitivos, relativos à autovaloração, à vontade e à psicomotricidade.

Qual seria a causa?

Não existe uma única causa para a depressão, o que acontece geralmente é uma conjugação de vários fatores, tais como:

  • Acontecimentos de vida significativos – perdas, rompimento de uma relação significativa, perda de um emprego ou status, trauma psicológico, doenças, entre outras.
  • Estilos de Pensamentos – na depressão existe uma tendência para pensar o mundo de forma negativa com um pessimismo em relação a tudo, tendência a ruminações com magoas antigas, ideias de culpa e arrependimento, ideias de morte, desejo de desaparecer, entre outros.
  • Padrões de comportamento – as pessoas deprimidas tendem a abandonar as atividades que lhes davam prazer, o que contribui para um humor mais deprimido.
  • Fatores Biológicos: certamente fatores biológicos, genéticos e neuroquímicos têm importante peso nos diversos quadros depressivos. Do ponto de vista psicológico, as síndromes depressivas têm relação com esse conjunto de fatores e com frequência está associada a perdas significativas.

Considera-se que muitas pessoas já sentiram algumas dessas queixas ocasionalmente, principalmente depois de passarem por situações e acontecimentos negativos, mas é fundamental observar a frequência desses sintomas e sua intensidade e avaliar o quanto estes interferem na sua vida afetiva, social e comportamental. Na depressão, diferentemente da tristeza, tentamos fugir de sentimentos desagradáveis criando barreiras para não entrarmos em contato com emoções desagradáveis.

Quais são os tratamentos mais indicados?

Existem dois tipos de tratamentos eficazes nas síndromes depressivas: a farmacológica (Que requer acompanhamento psiquiátrico) e a intervenção psicoterapêutica, onde o psicólogo irá focar em alguns aspectos fundamentais, como:

  •  Trabalhar as distorções de pensamentos;
  • Identificar quais as crenças e emoções associadas;
  • Ajudar o paciente a lidar e se expressar de forma mais efetiva em relação às suas necessidades e emoções, entre outras.
  • Mudanças de alguns comportamentos distorcidos.

Trata-se de um atendimento individualizado onde o foco está no reestabelecimento e no equilíbrio do individuo como um todo. Que ele possa resgatar e/ou adquirir novos conhecimentos e comportamentos para lidar melhor com o seu dia a dia, nas suas reações sociais, afetivas e cognitivas.

Referencias:

Dalgalarrondo, Paulo – Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais – 2. Ed. – Porto Alegre: Artmed, 2008.

http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/saude-mental/depressao